sexta-feira, dezembro 31, 2004

Este é o meu Sylvester

Aos trinta e um de Dezembro, de dois mil e quatro

Sob um céu cinzento e pluviosidade assinalável, insistem ainda foguetes e uma pouca de pirotecnia. A gravidade afunda-nos os sonhos. Mas a vontade lança-os sem fim.
Um bom ano, um muito bom ano.

Pergunta para 2005

Para quê?

Pergunta de 2004

Porquê?

Cavalgaduras, ou porque me enojo

1. Recebo, por mail, a imagem e o depoimento de uma jovem portuguesa à SIC sobre a sua viagem à Tailândia. Felizmente, sou poupada a isto ao vivo. Nem me indigno, só me enojo.
2. Leio inúmeras notícias (?) sobre os números de vítimas estrangeiras nos países afectados pelo Tsunami. Na tragédia, não há os nossos e os outros. Há só mortos. Feridos. Desalojados. Desesperados. E aos milhares.
3. Também leio notícias sobre celebridades e descendentes apanhados no seio da tragédia. Que cada um seja lembrado como merece e não como desejam essas mórbidas publicações que pararam no outro lado da auto-estrada, para apreciar o espectáculo da morte.
Tamanhas cavalgaduras não me indignam. Enojam-me.

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Paradoxos #9 [Susan Sontag]

E depois houve grandes mulheres com uma vida demasiado curta.

terça-feira, dezembro 28, 2004

Paradoxos #8

Houve na História muitos homens grandes que não chegaram a ser grandes homens.
E houve alguns grandes homens que não eram homens grandes.

segunda-feira, dezembro 27, 2004

A tragédia das palavras

Hoje, ler isto -
Claudel dit à peu près qu’un certain bleu de la mer est si bleu qu’il n’y a que le sang qui soit plus rouge*
- e isto querer dizer outra coisa.

*Merleau-Ponty, Le Visible et L'Invisible

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Porque já ninguém anda à solta

Antes que a blogosfera se desertifique por completo na iminência (parda) do Natal, aqui a gerência quer desejar a todos, em especial aos (3) fãs, (4) leitores pontuais e restantes (5) ocasionais, um óptimo Natal (isto é, sem perú, sem bolo-rei, sem sonhos oleosos).

A gerência

Keeping posted #3

E depois da "caspa celestial" que prometia um "white Christmas", veio a chuva que tudo derreteu à sua passagem. Head&Shoulders, portanto.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Keeping posted #2

Consta que os esquimós têm uma centena de palavras para designar a neve. A mim, hoje, perante esta que cai, só me ocorre a expressão "caspa celestial".

Quando o Natal chega mais cedo

Finalmente, Laurenz Meyer, secretário-geral da CDU (Democratas Cristãos) demitiu-se. O senhor em causa continuava a auferir de um salário muito razoável da empresa (do sector energético) para a qual trabalhara. Ainda que apoiado na mais que provável queda pela líder do partido, aqui conhecida como Angie (Angela Merkel), Meyer vai gozar o Natal um bocadito mais cedo.

Coisas Simples

Com o advento da electricidade, Pierre Bonnard inventou cores nocturnas. Eram outras estrelas.

E agora, porque é Natal

...elevemos o nosso espírito.

De como o Intelectual é cartesiano, ou de como o cartesiano é um corpo impróprio

João, depois de uma reflexão sobre a tua resposta, já sem aroma martiniano e inspirado pelo Guincho, tendo a concordar contigo, se concordares comigo...

"A experiência do corpo próprio [...] revela-nos um modo de existência ambíguo. Se procurar pensá-lo como em feixe de processos na terceira pessoa - «visão», «motricidade», «sexualidade» - apercebo-me de que estas «funções» não podem estar ligadas entre si e ao mundo exterior por relações de causalidade, elas são total e confusamente retomadas e estão implicadas num drama único. O corpo não é, por isso, um objecto. Pela mesma razão, a consciência que eu tenho dele não é um pensamento, quer dizer que eu não posso decompô-lo e recompô-lo para ter dele uma ideia clara. A sua unidade está sempre implícita e é confusa. Ele é sempre outra coisa do que é, sempre sexualidade ao mesmo tempo que liberdade, enraizado na natureza no momento mesmo em que se transforma pela cultura, nunca fechado sobre si próprio e nunca ultrapassado. Quer se trate do corpo de outrem, ou do meu próprio corpo, não tenho outro meio de conhecer o corpo humano senão vivendo-o, quer dizer chamar a mim o drama que o atravessa e confundir-me com ele. Eu sou portanto o meu corpo [...]. Assim, a experiência do corpo próprio opõe-se ao movimento reflexivo que destaca o objecto do sujeito e o sujeito do objecto, e que não nos dá senão o pensamento do corpo ou o corpo em ideia e não a experiência do corpo ou o corpo na realidade."

MERLEAU-PONTY, Phénoménologie de la Perception, p. 231

terça-feira, dezembro 21, 2004

Sebastianismo Natalício


The Incredibles

Governo em Digestão

Governo apresenta solução para cumprir o PEC 5ª feira

Profissão de Fé

Governo reafirma défice abaixo dos três por cento sem apresentar soluções

segunda-feira, dezembro 20, 2004

A Carne do Intelectu(al)

Querido João, se voltares ao Merleau-Ponty, verás que a Carne não é incompatível com o Intelecto. Antes pelo contrário. Mas sobre isso, falaremos muito a sério, depois de já não te restar nem um fiapo de Martini entre os dentes, sim?

Keeping posted

Aqui, nevou. E o sol brilha.

Aos 6 anos já não se cabe numa mão...


Quando esta menina faz anos, acordo cheia de saudades...

sexta-feira, dezembro 17, 2004

O fenómeno

Daniel Barenboim é um fenómeno. Isto quer dizer várias coisas:
1) que é um pianista irrepreensível, na técnica e no sentido musical;
2) que é um maestro gigante, um dançarino inigualável, um músico de alto calibre;
3) que é um vaidoso, como só os grandes podem ser;
4) que é um homem comprometido, sob o ponto de vista político e social, revelando uma grande generosidade;
5) que é tudo isto ao mesmo tempo.
O concerto começou com Mozart (Klavierkonzert Nr. 25), uma obra desenhada já na alvorada do declínio do compositor. Foi aí que Barenboim se apresentou como maestro e como pianista. Eu não tenho uma simpatia especial com esta obra de Mozart, mas fiquei colada à minha cadeira do princípio ao fim! Não sei quanto tempo durou, não ouvi mais nada, fez-se música. Até as habituais tosses, de que Rattle tanto se queixa, não as ouvi. Não sei se as houve, não dei por isso.
Ao piano, Barenboim fez surgir um Mozart "cheio", sem exagerado legatto, sem que a técnica (aliás, perfeita) sobressaísse; um Mozart certo, se é que se pode dizer isto. O fraseado de Barenboim é notável. E aí, o músico revela-se como pianista mas também como maestro. Sentando-se e tocando, levantando-se, ou sobre o piano erguendo os gestos, pôs a orquestra a tocar com ele próprio, numa simbiose impressionante. Gostei muitíssimo, valha o meu gosto o que valer!
A segunda parte previa-se mais difícil: a segunda sinfonia de Furtwängler, sobre a qual não sabia grande coisa, estava anunciado que duraria cerca de 70 minutos. Ora, pensei eu, depois deste Mozart e com Barenboim o tempo vai voar.
A Segunda Sinfonia de Furtwängler é, no entanto, demasiado longa. Mesmo com Barenboim, totalmente exausto, mesmo com a Filarmónica de Berlim, cujos instrumentos deitavam fumo... E é pena, porque a peça está cheia de motivos interessantes, é muito rica, mas depois perde-se, não se percebe porquê, para onde, para quê um interminável interlúdio em cada andamento, que o torna pesado, às vezes quase insuportável. Mas a música de Furtwängler, ao contrário do que eu pensava, está cheia de referências a Bruckner, a Mahler, a Wagner, ou ainda a Brahms. O homem que estreou algumas peças de Schönberg, acaba por se distanciar da música do seu tempo, confessando-se mais como compositor do que como maestro: "Ich habe als Komponist begonnen und bin bis heute Komponist geblieben". Na estreia da sua Segunda Sinfonia, que ele próprio dirigiu, aproveitou o programa para, sem nomear Schönberg, o atacar, defendendo que a música deve sempre conter uma relação profunda connosco, que dispense a análise e o conhecimento teorético por detrás da sua elaboração.
Furtwängler, como outros, ficou associado ao nazismo durante bastante tempo. A estreia desta peça faz-se em 1948, depois dos aliados o terem "desnazificado", mais de dois anos e meio depois de estar composta. Mas nestas coisas há sempre que ter cuidado, as etiquetas às vezes não servem: Barenboim, um jovem judeu, foi apresentado e tocou para Furtwängler na sua juventude. O próprio compositor escreveu uma carta sobre o pianista, dizendo dele que era "um fenómeno". E gozando Furtwängler de grande respeito na Alemanha, Barenboim deu um salto decisivo na sua carreira.
É aí que estão também as qualidades humanas de Daniel Barenboim: ele é o músico judeu que traz à cena o compositor ainda associado ao nazismo. É também o homem que, juntamente com Edward Said, todos os anos constitui uma orquestra Este-Oeste, com músicos de países do Médio Oriente, procurando superar os conflitos dessa região por meio da música e da cultura.
Regressando ao concerto, a segunda parte foi cansativa, mas se não fosse Barenboim quem me teria posto a ouvir a Segunda de Furtwängler?

Senhoras e Senhores, ei-lo!

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Desculpas de bom pagador

Agora não posso. Tenho que ir à Philharmonie ouvir o Barenboim. Mais tarde, mais tarde...

Uma tentativa

A pedido de várias famílias, aqui vai um esboço de uma eventual, muito fraca e parca tentativa de traduzir "Schneebett" de Paul Celan:

Cama de Neve

Olhos, cegos para o mundo, na fronteira da morte: Estou a chegar,
com uma pedra no coração.
Estou a chegar.
No espelho da lua, o abismo. Até ao fundo.
(A nuvem da respiração iluminada. Pintada. Sangue.
A alma nebulosa, mais uma vez quase representada.
A sombra de dez dedos - agarra-se.)
Olhos, cegos para o mundo,
na fronteira da morte: Estou a chegar,
Olhos, olhos:
a cama de neve sob nós dois, a cama de neve.
Floco a floco,
pouco a pouco, caímos,
caímos e jazemos e caímos.
E caímos:
Nós éramos. Nós somos.
Nós somos um fruto da noite.
Nas passagens, nas passagens.

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Inveja para amanhã

E amanhã à noite, há Barenboim na Philharmonie...

Num dia excepcionalmente azul


O fim de tarde em Berlim

terça-feira, dezembro 14, 2004

Provocações

Porque daqui a cinco dias não estou, aqui fica a grande novidade: faltam cinco minutos para daqui a bocado.

Põe-te ao fresco, ó Bola!

Doctor Unheimlich has diagnosed me with
Bolas de berlimitis
Cause:self-abuse
Symptoms:high blood pressure, automatic writing, occasional heartburn
Cure:fresh air
Enter your name, for your own diagnosis:

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Schneebett

Augen, weltblind, im Sterbegeklüft: Ich komm,
hartwuchs im Herzen.
Ich komm.
Mondspiegel Steilwand. Hinab.
(Atemgeflecktes Geleucht. Strichweise. Blut.
Wölkende Seele, noch einmal gestaltnah.
Zehnfingersschatten - verklammert.)
Augen, weltblind,
im Sterbegeklüft: Ich komm,
Augen, Augen:
Das Schneebett unter uns beiden, das Schneebett.
Kristall um Kristall,
zeittief gegittert, wir fallen,
wir fallen und liegen und fallen.
Und fallen:
Wir waren. Wir sind.
Wir sind ein Fleisch mit der Nacht.
In den Gängen, den Gängen.


Paul Celan, Schneebett





"Schneebett" é uma instalação de Enrique Martínez Celaya (n. Cuba, 1967), que estará patente na Philharmonie em Berlim até dia 1 de janeiro de 2005. É o último trabalho de um ciclo dedicado a Beethoven, recriando a partir de uma cama feita de neve (Schneebett) a paisagem que Beethoven teria visto no seu leito de morte. E é inspirado neste poema de Celan.

Dê-me música, Sir Rattle!

Ontem, outro concerto na Philharmonie, em noite gélida berlinense. Rattle, com a sua orquestra cúmplice, com um programa variado entre o velho e o novo, como sempre.
Na primeira parte, a "Ouverture du Corsaire" de Berlioz, primeiro. Pensei: ok, é só para aquecer... De Debussy, compositor que Rattle nunca dispensa, "Jeux", um "poema dançado" a partir de Nijinsky - e já fomos mais longe... E, finalmente, a estreia de uma peça de Hindemith, (Klaviermusik mit Orchester op. 29), que contou com Leon Fleisher ao piano, só com a mão esquerda... Sim, a peça foi composta para Paul Wittgenstein, pianista austríaco que só tinha um braço. Mas o dito pianista, a quem o compositor havia cedido os direitos da peça, não ficou contente com a mesma, nunca a tendo tocado e nunca tendo cedido os direitos para que alguém a trouxesse à luz do dia. Finalmente, e depois de muita controvérsia, compraram-se os direitos ao arquivo de Wittgenstein, permitindo que fosse ontem estreada na Philharmonie.


A segunda parte foi bastante mais clássica: a Quarta Sinfonia de Beethoven. A orquestra serena, segura, bem disposta, ligeira às vezes e profunda outras, deu-me a ouvir a Quarta como nunca a tinha ouvido. Nem mesmo nas gravações de Rattle...
Sir, dê-me música! Mais música!

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Constância

Numa coisa a Direita tem razão:
Sampaio não pode alegar que houve alterações substanciais no Governo de Santana Lopes.
Ele foi péssimo desde o início.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Um estranho silêncio

Em Portugal, pouco ou nada tenho lido nos jornais acerca do escândalo que assola as contas gregas e que ameaça pôr em risco a seriedade do Pacto de Estabilidade europeu. Ao que tudo indica, e conforme o novo governo grego já assumiu, as contas que os seus predecessores enviaram e que foram validadas pelo Eurostat, não estariam correctas, para ocultar níveis bastante superiores do défice.
Este facto coloca algumas questões pelo menos, senão muita indignação. Se, por um lado, o governo grego reconhece que o executivo anterior cometeu uma fraude desta ordem, sendo o próprio a denunciá-lo nas instâncias europeias, por outro lado, há os restantes governos dos outros países da União que estão empenhados, à custa de sacrifícios sofridos por todos, em respeitar os valores estabelecidos no Pacto de Estabilidade.
Ou seja: o governo grego não pode ser premiado, ou amnistiado por não ser o responsável directo dessa enorme mentira, porque é o país que responde perante a Europa e não os partidos políticos que o governam.
Em última instância, se toda esta história é para terminar em banho maria, então que não se imponha mais o PEC e que se assumam as consequências. É preciso ser-se coerente. E, isso, vimos, não é um sinal europeu, porque quando a França ou a Alemanha assumem que ultrapassaram a fasquia dos 3% do défice, não há quem defenda com frontalidade que isso é um desrespeito do PEC e que tem consequências.
Para cúmulo, o FAZ anunciava ontem, na sua versão online, que também a Itália terá falseado os números, tendo contraído endividamentos que em muito suplantam os limites impostos no PEC. O FAZ falava em valores que podiam significar até mais 1,7% no défice.
Entretanto, em Portugal como noutros países, apertou-se o cinto de tal maneira que houve quem tivesse perdido mesmo as calças... Em nome de quê, se afinal nada disto é para levar a sério?

terça-feira, dezembro 07, 2004

Faz hoje um ano

...que eu ainda não tinha um blog.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Tradições, contradições e traições

Uma das tradições mais fortes na Alemanha, pela altura do Natal, é a das "Weihnachtsmärkte", ou das "Feiras de Natal". Em Berlim, há uma em cada canto, e não há quem não as frequente! Basicamente, consistem em fiadas e fiadas de barraquinhas construídas em madeira, onde se podem experimentar paladares diversos: há as amêndoas torradas com açúcar, feitas na hora, há as nossas conhecidas castanhas (mas não em canudos de jornal...), há todos os tipos de Wurst que se possa conceber, há também umas maçãs cobertas de chocolate ou de glacé, há algodão doce, há farturas também e, last but not least, há uma coisa que todos, mas absolutamente todos os alemães bebem e adoram: Glühwein. Trata-se de um tipo de vinho que é aquecido e servido numas canecas típicas, provavelmente do tempo dos bárbaros...a experiência é a não repetir...


Além das comezainas, e porque as leis do mercado são implacáveis, podem também encontrar-se peças de vestuário invernoso, sapatos, luvas, cachecóis e toda essa panóplia de objectos essenciais para combater o frio. E ainda, para desgosto dos clássicos, carrinhos de choque e carrosséis cheios de decibéis...o que as faz ficar muito parecidas com a nossa feira popular...

Ao jantar, dois europeus e três japonesas. Descobriu-se que no Japão o Natal não é um dia feriado, nem um momento religioso: é uma oportunidade de marketing. A tradição (?) é a de que os casais passem a noite em hotéis e se ofereçam presentes caríssimos. Quem não faz isto, não é gente não é nada... Importante mesmo é a passagem de ano, isso sim, é coisa para celebrar. E o curioso é que as três japonesas ao jantar provêm de famílias católicas de Tóquio. Qualquer semelhança, é pura coincidência.

Paradoxos #7

Um poste é um suporte informativo
um post é uma informação sem suporte

Ou...ou...

No Partido Comunista, alternativas só há duas:
ou perder a face
ou perder a foice

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Quando o mundo se (des)encontra

Hoje, estou no coração do
perigo.

Mais outra teoria da conspiração

Será o PP um Porta-Chaves?

Uma leitura possível

No sistema americano, Bush é o somatório de Jorge Sampaio com Santana Lopes.

Do sentido de humor alemão [ou a república das bananas é onde um homem quer]

O pintor que acabou de aplicar um poderoso e tóxico anti-fúngico na minha parede, aconselhou-me a deixar a casa e avisou-me que as janelas ficavam abertas "para a parede secar"!

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Pedro, o Invisível

Quer o FAZ, quer o Süddeutsche limitam o despedimento de Lopes a uma breve notícia, muito clara, sobre os desastres das últimas semanas de (des)governo santanista, referindo também a perda de apoios de que Lopes tem vindo a sofrer. Tudo normal, nada de catastrófico - como deve ser. Não há nada de trágico em eleições antecipadas para um regime democrático. Veja-se a tragédia de não as haver, por exemplo, em Itália...


Dr. Jay's