sexta-feira, junho 18, 2004

Outra vez Rattle

Ontem, foi dia de Rattle. Programa anunciava-se difícil: Tan Dun (n. 1957), numa estreia absoluta de "Secret Land", obra para os já famosos "12 violoncelos". Seguia-se Olivier Messiaen (1908-1992), com "Éclairs sur l'Au-delà", última obra do compositor, que já não resistiu para assistir à sua estreia em Nova Iorque, em 1992.
Um programa absolutamente contemporâneo, absolutamente difícil, Filarmónica cheia. Rattle ao seu melhor nível, como de costume, perante a que será "provavelmente uma das melhores" orquestras do mundo.
A obra de Tan Dun, - que assistiu também à sua estreia, um pouco inquieto, da plateia, todo vestido em pele preta...- consistia em 4 retratos interiores, como ele próprio explicita, que não me encheram de modo algum as medidas... A utilização dos instrumentos para produzir sons novos (por exemplo, os instrumentos de sopro foram muitas vezes reconfigurados e transformados em tambores!), bem como o recurso a elementos completamente inesperados (um "ah!" generalizado da orquestra no final, ou uma pateada pelo meio!) são, para mim, como diria uma amiga, "muito à frente". E como diria outra amiga, "ok".
O Messiaen, compositor francês, pelo contrário, faz uma utilização completamente clássica da orquestra e dos elementos sonoros, criando quadros que se adequam a meditações religiosas de matriz católica. Para mim, a peça soou muito irregular, um corpo desarticulado e sem coesão.
Mas isto digo eu que nada sei de música...
Ó Rattle, Simon, para a próxima, dá-me um bombom de chocolate, sff.

1 Comments:

Blogger César de Oliveira said...

inveja. tan dun incluído.

cumprimentos de rotterdam para berlin. em português.

5:33 da manhã  

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