Tradições, contradições e traições
Uma das tradições mais fortes na Alemanha, pela altura do Natal, é a das "Weihnachtsmärkte", ou das "Feiras de Natal". Em Berlim, há uma em cada canto, e não há quem não as frequente! Basicamente, consistem em fiadas e fiadas de barraquinhas construídas em madeira, onde se podem experimentar paladares diversos: há as amêndoas torradas com açúcar, feitas na hora, há as nossas conhecidas castanhas (mas não em canudos de jornal...), há todos os tipos de Wurst que se possa conceber, há também umas maçãs cobertas de chocolate ou de glacé, há algodão doce, há farturas também e, last but not least, há uma coisa que todos, mas absolutamente todos os alemães bebem e adoram: Glühwein. Trata-se de um tipo de vinho que é aquecido e servido numas canecas típicas, provavelmente do tempo dos bárbaros...a experiência é a não repetir...
Além das comezainas, e porque as leis do mercado são implacáveis, podem também encontrar-se peças de vestuário invernoso, sapatos, luvas, cachecóis e toda essa panóplia de objectos essenciais para combater o frio. E ainda, para desgosto dos clássicos, carrinhos de choque e carrosséis cheios de decibéis...o que as faz ficar muito parecidas com a nossa feira popular...
Ao jantar, dois europeus e três japonesas. Descobriu-se que no Japão o Natal não é um dia feriado, nem um momento religioso: é uma oportunidade de marketing. A tradição (?) é a de que os casais passem a noite em hotéis e se ofereçam presentes caríssimos. Quem não faz isto, não é gente não é nada... Importante mesmo é a passagem de ano, isso sim, é coisa para celebrar. E o curioso é que as três japonesas ao jantar provêm de famílias católicas de Tóquio. Qualquer semelhança, é pura coincidência.
1 Comments:
Será que nessas feiras em Berlim se pode comer o delicioso Stollen de Dresden (Christstollen)? Ou é só nos momentos mais solenes do Natal?
Sobre a cultura japonesas contemporânea, há claramente um problema de "Lost in Translation"...
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