To blog or not to blog?
Fui ontem confrontada com uma pergunta que pensei que já ninguém fazia - o que é um blog. Engasguei-me perante a resposta...lembrei-me de como há muito tempo - ou parecerá muito? - um amigo me explicou o que um blog era e que era o que estava a dar. Lembrei-me de ter pensado na altura "pronto, lá estão estes narcisistas a precisar de afagar o ego publicamente"...mas depois comecei a ser frequentadora assídua dos blogs e achei que, por serem tantos e tão diversos, era impossível ter uma posição sobre "o blog". "O blog" não existe. Existem milhares de espaços onde se dizem coisas.
E é aí que está o problema. Se queremos só dizer coisas, se queremos que nos oiçam para além da esfera daqueles que, coitados, têm mesmo que nos ouvir, será que não caímos no ridículo de um confessionário pseudo-intelectual, que limpasse a honra ao Big Brother?
Imaginemos a televisão em hora de ponta: a 2, recentíssima, sempre na crista da onda, avança com o Big Brother dos intelectuais. Vicente Jorge Silva entrevista, mal mas entrevista, os participantes:
- Nós bem vimos que havia um Kierkegaard debaixo da cama...ontem à noite, diga lá...
- Hesito entre a profusão de seres e uma ontologia radicalmente una e estética...
and so yon and so yon...
Debaixo da minha cama há pó. Não leio filósofos depressivos. Deixei-me disso há uns tempos.
May I blog?
1 Comments:
Hello. And Bye.
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