Hoje
O dia pode amanhecer de um branco acinzentado letal. O vento sopra em rajadas regulares, um pulsar doentio que varre por completo a paisagem. Os pássaros silenciaram-se ou piam histrionicamente. As ruas movem-se como barcos de indigestão. O trânsito compacto não deixa passar ninguém. Calafrios. Humidade no ar. Suores arrepios respiração. No andar de cima, do lado e de baixo, mudanças de casa arrastam no soalho peças monolíticas de peso indeterminado.
E tudo isto, na minha cabeça, enquanto me retém na cama uma enxaqueca colossal, à entrada da cidade.
Voltaremos dentro de momentos.
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