Acreditar e querer acreditar [ou do rei vai nu]
Uma história de violência anti-semita abalava a França. Os franceses como sempre reagiram em massa: manifestações, exigências de pedidos de desculpa, apelos à tolerância, ... A sociedade francesa questionava-se profundamente, em face de acontecimentos que expunham, mais uma vez, problemas sociais de integração gravíssimos. Problemas, aliás, reais.
A montanha pariu um rato.
Hoje, os jornais afirmam que tudo não passou de uma mentira, uma mentira bem construída. Sobretudo, uma mentira verosímil. A vítima, curiosamente, é tomada por judia, que diz não ser. Os carrascos, em número de seis, são todos indubitavelmente referidos como "negros, muçulmanos, magrebinos". Ninguém questionou. Era possível, provável, até normal...hoje em dia, são "sempre eles".
Em grande embaraço, estão aqueles que, agora, em face disto, terão que fazer dentro de si uma espécie de auto-análise no divã: por que razão acreditei? Essa questão pode pôr a nú o essencial: que se quis acreditar. Às vezes, é mais fácil.
Depois, espera-se o habitual "o rei vai nu" em público.
2 Comments:
eu sabia que essa coligação de esquerdalhos e pseudo-ecologistas não ia dar em nad... espera, enganei-me no país e na cdu.
desnecessário será dizer que fiz o comentário no post errado. são quase 6 da manhã, dá-me um desconto
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