Manobras de pássaro
Não digo: isso foi ontem. Com insignificantes
trocos de Verão nos bolsos, estamos deitados
sobre o joio do sarcasmo, nas manobras do Outono do tempo.
E a nós não nos é dada, como aos pássaros,
a retirada para sul. À noite passam por nós
traineiras e gôndolas, e por vezes
atinge-me um estilhaço de mármore impregnado de sonho,
onde a beleza me torna vulnerável, nos olhos. [...]
Ingeborg Bachmann, Manobras de Outono
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