O disparate começou...
Embora até aqui todos os protestos contra a Colecção Flick tenham sido civilizados, logo no primeiro dia o disparate já se fez sentir...ontem, uma senhora de 35 anos resolveu estragar duas obras do artista americano Gordon Matta-Clark. Tendo sido detida e consultado um psicólogo que assegurou que a senhora em questão não era perigosa, foi libertada e aguarda um julgamento e uma conta astronómica...
Reza a história que o avô de Flick era proprietário de uma empresa que beneficiou de trabalho escravo, de judeus em campos de concentração. Flick terá herdado desse avô a fortuna que lhe permitiu constituir a presente colecção de arte contemporânea. Também fundou, depois de muito protesto, uma fundação de apoio às vítimas do nazismo. Mas nem essa iniciativa o ilibou do passado familiar, que explícita e repetidamente rejeita.
A inauguração da exposição contou com a presença de Schroeder e de Schuster, o director dos Museus do Estado de Berlim, numa tentativa de sublinhar, como diz o FAZ, o "efeito Midas". Como se vê, não resultou. A senhora em questão, depois do disparate, gritava estridentemente "Flick, agora perdoo-te!"
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