terça-feira, setembro 14, 2004

B.I.

O João disse-me que achava uma estupidez aquela coisa de não nos identificarmos nos blogues. Isto foi numa conversa com Pacheco Pereira na televisão do café, numa tarde quente de domingo, no ido mês de Julho...
Quando pensei nisso, (mais ou menos quando as temperaturas baixaram), achei que no meu caso, camuflada ou não, toda a gente que me visita sabe quem sou! São os mesmos que, por razões que nunca me são absolutamente claras, continuam a procurar-me e a ter paciência para os meus "discursos à nação", ou para os meus "relambórios umbiguistas", ou para as minhas "raivas alucinadas", ou ainda para as minhas "opiniões intempestivas".
Elenco demasiado fraco dos danos (faltam ainda os colaterais!) que inflijo sobre esses meus amigos, que se comportam como um cônjuge empenhado naquela promessa impossível do "até que a morte nos separe".
É por isso que não faz sentido apresentar-me. Porque tenho a certeza de que o dia não chegará em que alguém me diga, o seu blog não me é estranho, mas você é.

E se eu agora pensar nisto, este post é um disparate: a razão da sua existência é a prova da sua desnecessidade.

2 Comments:

Blogger César de Oliveira said...

"camuflada ou não, toda a gente que me visita sabe quem sou"

- quase. eu não faço a mínima ideia.

"São os mesmos que, por razões que nunca me são absolutamente claras, continuam a procurar-me e a ter paciência"

- pela parte que me toca, podes considerar a qualidade dos textos e o sentido de humor (o "era uma vez no verão passado uma saia muito gira que já não me serve" foi promovido a mito por estas bandas) como motivos mais que válidos para a persistência.

temos (ou tínhamos e provavelmente voltaremos a ter, em breve... espero eu) ainda a diáspora em comum.

4:26 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu não a conheço, mas visito o blog diariamente. Já é um vício.

1:36 da tarde  

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